quinta-feira, 30 de julho de 2015

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Ao se graduar, o desejo de muitos jovens profissionais é trabalhar com algo que realmente “faça a diferença” na sociedade, certo? Foi pensando nisso que Joice Toyota, José Frederico Lyra Netto e Rafael Martines — além de Tiago Mitraud, da Fundação Estudar — criaram o Vetor Brasil, um projeto que pretende unir este interesse de jovens à experiência de carreira no setor público.
Por meio do programa de Trainee, que está com inscrições abertas até o dia 7 de setembro, o Vetor selecionará jovens talentosos para trabalhar em órgãos públicos de diversas regiões do país, como a prefeitura de Salvador e os governos de São Paulo, Pará e Goiás. O objetivo é que o trabalho seja iniciado no começo de 2016. 
O projeto A ideia surgiu quando José, que hoje faz mestrado em políticas públicas em Harvard, Estados Unidos, ainda cursava a faculdade de engenharia mecatrônica na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Com Joice e Rafael, pesquisou possibilidades de participar da gestão pública do País. “Nós nos perguntamos: como, enquanto jovens, conseguimos agir para provocar mudanças no Brasil auxiliando no curto prazo?”, conta José Frederico.
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Na opinião de Joice Toyota, o setor público — por sua natureza vultosa e seu amplo poder de alcance — é o único lugar onde realmente é possível causar impacto em grande escala. “O governo é o principal prestador de serviço para a população de mais baixa renda no país. É no setor público que você está realmente exposto aos desafios que a maior parte dos brasileiros vivem todos os dias. É também é lá que você tem a possibilidade de mudar as coisas”, ela explica.
Ninguém desconhece a dimensão dos desafios da área, mas para enfrentá-los é necessário ter gente talentosa engajada nessa causa. O que falta, para Joice, é uma ponte mais estruturada entre esses talentos e o governo. E é exatamente isso que o Vetor faz.
Como funciona Os candidatos devem estar dispostos a morar entre um e dois anos em uma cidade brasileira parceira do Vetor Brasil e trabalhar em um projeto desafiador no setor público. “O trainee fará parte da equipe de um órgão do governo, e estará envolvido na implementação de um projeto daquele órgão”, explica Joice, acrescentando que os trainees são contratados como funcionários do próprio governo.
“Antes de começar o trabalho, nós traçamos com ele um plano de desenvolvimento individual, no qual buscamos esclarecer o que o trainee quer aprender e desenvolver com essa experiência, e como é possível trabalhar isso ao longo do programa”, acrescenta. Além disso, ele conta com treinamentos periódicos, o apoio constante da equipe Vetor, além de sessões de coaching e mentoria.
Um dos trabalhos do Vetor é, inclusive, buscar dentro dos diversos órgãos e instâncias públicas líderes que querem efetivar mudanças — ou seja, lugares em que os jovens selecionados encontrarão espaço para realizar um trabalhar de impacto. São ambientes com pressão por resultados e eficiência.
Ainda assim, ela faz questão de enfatizar que o trainee também terá exposição às dificuldades do setor público: “Ele vai sofrer dos mesmos problemas de quem está lá, vai viver uma experiência legítima de governo”.
Dessa forma, o impacto vem em mão-dupla: “Por um lado abrimos caminho aos jovens e por outro oferecemos aos órgãos públicos profissionais capacitados”, diz Joice.
Seleção Em 2014, foram mais de 1 700 jovens profissionais inscritos e treze jovens selecionados. Para José, isso demonstra uma demanda alta por este tipo de trabalho. “Sabíamos que há jovens que querem ter uma experiência com o setor público e ir além do discurso de ‘fazer a diferença’, só faltava um ‘como’ colocar a mão na massa”. Ele acredita que um dos resultados do programa será, também, um fortalecimento da gestão local.
Perfil do candidato Não há exigência por um curso específico para os jovens que se interessem pelo Vetor. A seleção envolve teste lógico, prova de inglês e entrevistas. “Na verdade não tem muito segredo, buscamos quem queira gerar mudança”, explica José. A capacidade de resiliência e a vontade de fazer a transformação acontecer é que são as grandes qualidades aqui.
Para quem tem grande preocupação com a carreira, participar do programa pode ser interessante para se manter no setor público, mas é também vantajoso pela experiência. Para Joice, essa vivência de setor público gera um aprendizado proveitoso para a atuação em diversos outros setores.
“Queremos que esse projeto gere impacto de curto prazo, mas principalmente a longo prazo, criando uma rede de transformadores com uma experiência rica e profunda”, finaliza José Frederico.
Matéria de Rafael Carvalho - Site na Prática - Fundação Estudar
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